Plácido de Castro, em Bagé, 1884

"Plácido de Castro (12/12/1873 – 9/8/1908). 

(CARVALHO, Olavo de (org). O exército na história do Brasil. Rio de Janeiro : Bibliex; Salvador : Obebrecht, 1998. p. 48. NOSSO século: memória fotográfica do Brasil no século XX. São Paulo : Abril Cultural, 1980. v. 1, p. 63).

'Se hoje temos o Acre entre os estados da República Federativa do Brasil devemos ao herói José Plácido de Castro'. (Parte final da justificativa do Projeto de Lei do Senado n° 56, de 2000).

Filho do capitão Prudente da Fonseca Castro e de Zeferina de Oliveira Castro, José Plácido de Castro nasceu na cidade de São Gabriel-RS e, aos nove anos de idade, passou a cuidar de uma relojoaria, oportunidade na qual demonstrou sua característica de extrema responsabilidade, profissionalismo e perseverança. Dois anos depois, seu pai faleceu, e Plácido foi aprimorar o ofício de relojoeiro em Bagé, a fim de colaborar no sustento da mãe e de seus irmãos. Após proclamada a república no Brasil, retornou ao lar materno e alistou-se no 1º Regimento de Artilharia de Campanha como segundo-cadete e serviu até o posto de segundo-sargento. Já no Batalhão Antônio Vargas, tornou-se oficial e, no Rio Negro, foi combater a tropa do marechal Isidoro Fernandes. Trabalhou para a pacificação do Rio Grande do Sul, servindo à revolução com exímio devotamento, e partiu para o Rio de Janeiro, empregando-se como inspetor de alunos no Colégio Militar. Aos 26 anos, foi trabalhar com agrimensura na região do Amazonas e acabou por contrair malária, tendo lutado contra a moléstia por muito tempo. Logo depois, ingeriu água envenenada, contaminada pelo látex de açacu, e ficou em gravíssimo estado de saúde. Mas Plácido resistiu bravamente aos males que lhe envolviam o corpo, pois tinha a mente mais viva do que a de muitos e a vontade de viver mais latente do que antes. Já de posse de sua terra amazonense conquistada e requerida ao governo do Acre, foi, aos 29 anos, demarcar o seringal Victoria, de José Galdino de Assis Marinho, quando, por causa da pretensão do governo boliviano de entregar a região para a exploração dos Estados Unidos e da Inglaterra, os seringueiros se revoltam, e Plácido, à frente da Junta Revolucionária, proclama, após três dias de intenso combate, o “Estado Independente do Acre”. Mesmo com sua saúde debilitada pelo clima da Amazônia, fazia frente às investidas, surpreendia o inimigo com ataques nas florestas CASTRO, Plácido de. Apontamentos sobre a Revolução Acreana. Manaus : Valer, 2003. p. 53. 46 Cadernos do Museu n° 10 e, certo de suas responsabilidades, enfrentou com coragem e respeito os bolivianos para que o Acre fosse definitivamente integrado ao Estado brasileiro. Com a ajuda do então ministro de Relações Exteriores do Brasil, barão do Rio Branco, acordos diplomáticos foram feitos com o presidente boliviano para que fosse inibido o confronto entre as nações, sendo selado, em 1903, o Tratado de Petrópolis. Plácido de Castro tornou-se o maior seringalista da região e foi governador do Acre de 1902 a 1904. Porém, devido a constantes intrigas políticas, morre em 1908 vítima de uma emboscada". [A construção da memória nacional : os heróis no Panteão da Pátria. – Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2010. 119 p. (Série cadernos do museu ; n. 10) ISBN 978-85-736-5762-3 Exposição comemorativa da Semana da Pátria]. http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/4163/construcao_memoria_2010.pdf?sequence=1 .

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