Santa Tecla (Bagé)
Santa Tecla (Bagé)
"Mesmo
com todo o problema da administração espanhola entre 1769-1801, as
cifras sobre os missioneiros (índios integrantes do sistema dos Sete
Povos) oscilavam entre quatorze a vinte e duas mil pessoas. Em 1756,
na crise da guerra guaranítica, eram em torno de trinta mil, dos
quais, em torno de três mil se retiraram com o exército português
para o Rio Grande e deram origem a diversas povoações. Baseando-se
na documentação portuguesa, o visconde de São Leopoldo estimou a
população no menor índice: “o seguro porém é que não passava
de quatorze mil”. (SÃO LEOPOLDO, 1982, p. 157.) Isso não
significa que nas Missões não existissem mais indígenas vinculados
ao modo de vida tradicional e espalhados pelas propriedades que
vinham se instalando desde a guerra guaranítica e, em especial, do
Tratado de Santo Ildefonso, em 1777, quando a primeira aproximação
intrusa se deu pelos campos neutrais, com a transformação em
propriedades privadas as terras indígenas da fronteira neutra e suas
adjacências, notadamente da região de Santa Maria e Toropi
para Santa Tecla (Bagé)".1
1 GOLIN,
Tau. Os missioneiros. In: Zarth, P. A.. (Org.). História do
campesinato na Fronteira Sul. Porto Alegre; Chapecó: Letra &
Vida; UFFS, 2012, v. 1, p. 58-75. Os missioneiros: Guaranização e
indianização na formação dos rio-grandenses. Tau Golin [Tau
Golin. Historiador e jornalista. Professor do Programa de
Pós-Graduação em História da UPF. Correio eletrônico:
golin@upf.br .
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